O processo de desenvolvimento de um novo produto em uma empresa já estabelecida tem semelhanças e diferenças com o processo de criação de uma nova empresa, ou uma startup como são chamadas as novas empresas nos EUA.
As principais diferenças são:
Já a semelhança está no processo em si:
Acabo de encontrar uma apresentação de Steve Blank, um empreendedor em série do Silicon Valley que fundou 8 empresas de tecnologia em 21 anos e hoje é consultor, professor e escritor sobre empreendedorismo.
Nessa apresentação ele começa apresentando um estatística que, na minha opinião, é mais forte semelhança entre o processo de desenvolvimento de um novo produto em uma empresa já estabelecida e o processo de criação de uma startup:
Mais startups falham por falta de clientes do que por falha no desenvolvimento do produto.
No seu blog ele comenta que 9 de cada 10 startups falham o que me parece ser uma estatística válida também para novos produtos desenvolvidos em empresas já estabelecidas.
E por que isso acontece? Porque o foco do processo de desenvolvimento de produtos tradicional está voltado o lançamento do produto, deixando de lado o que Steve chama de Processo de Desenvolvimento de Cliente, ou seja, descobrir se esse produto que está sendo desenvolvido atende uma necessidade real do cliente. É o que Marty Cagan, ex-VP de Produtos do eBay e atualmente consultor de gestão de produtos, chama de Product Discovery.
Na apresentação abaixo, Steve Blank mostra como é o Processo de Desenvolvimento de Cliente e como ele se encaixa no desenvolvimento ágil de software.
Vale a pena ver também uma série de 9 vídeos de uma aula do Steve em Stanford. O 7º vídeo da série ilustra bem o Processo de Desenvolvimento de Cliente:
Por isso, se você não quer que seu produto falhe, quer você seja parte de uma startup ou de uma empresa já estabelecida, vá pra rua e teste suas idéias com clientes reais. Só assim seu produto poderá deixar de ser parte dessa triste estatística.