Semana passada tive o prazer de participar do meetup de outubro do Product Tank SP, a convite do Leonardo Pabon que, junto com Eric Nogare e Marcelo Missagia, organiza a versão São Paulo desses encontros que acontecem em mais de 200 cidades de todo o mundo. Os Product Tanks são encontros informais, criados pela Mind the Product, para reunir pessoas locais de produtos e permitir que os palestrantes compartilhem insights incríveis sobre produtos.
Na versão de outubro os convidados eram Marcell Almeida da PM3, Paulo Sellos da Ontop e eu e, ao invés de talks, fizemos um bate-papo guiado pelo Leonardo.
O tema foi “Como será a Carreira de Produto em 2025” e a última pergunta que fechou o encontro foi “O que esperar do papel da PM em 2025?”
O que sempre se esperou, mas parece que só agora estamos nos dando conta: gerar resultado.
Relembrando a definição de gestão de produtos:
Gestão de produtos é resolver o problema da cliente por meio de tecnologia, gerando resultado para a empresa.
Essa última parte, gerando resultado para a empresa, é essencial.
Aliás, toda pessoa que trabalha em uma empresa deve gerar resultado para a empresa. Note que resultado não é necessariamente receita.
Certa vez uma product manager que me ouviu dando uma palestra onde eu falava sobre entrega de resultado e dava o exemplo da Lopes, ela veio conversar comigo logo após a palestra e me disse que trabalhava em uma ONG e que, portanto, a receita não era o foco. Perguntei para ela qual era o resultado que a ONG buscava e ela respondeu que era dedicada a melhorar a qualidade da educação pública no Brasil. Esse é o resultado a ser medido, quantas professoras e professores, quantas alunas e alunos foram impactados, se esses números estão crescendo e se quem foi impactado tem, de fato, performance melhor do que quem não foi.
Não basta só resolver o problema da cliente por meio de tecnologia. Essa é só uma parte da equação. Se só fizermos isso, estamos fazendo nosso trabalho de forma incompleta e, consequentemente, haverá grande chances de nosso papel ser visto como desnecessário. Precisamos resolver o problema da cliente, por meio de tecnologia, gerando resultado para empresa. Precisamos entender como a empresa funciona e o que ela espera obter de resultado. Isso implica entender qual é o negócio da empresa.
Na Dialdata, a startup que fundei na década de 90, que foi um dos primeiros provedores de internet do Brasil, o negócio era telecomunicações de dados, e acabei tendo que entender dessa regulamentação. Depois fui para a Locaweb, que era focada em hospedagem de sites e, mais pra frente em infra-estrutura para lojas virtuais, ferramenta de emal marketing, ce infra-estrutura cloud, de PABX Virtual. Tive que aprender sobre esses diferentes tipos de negócio, para conseguir de alguma forma gerar resultado para empresa. Na Conta Azul o tema era contabilidade. Já no Gympass, dois temas novos, benefício corporativo e gestão de academias, ambos temas que eu conhecia somente como usuário. Quando fui para Lopes, descobri que o mundo imobiliário é bem mais complexo do que percebemos quando compramos, vendemos ou alugamos uma casa.
Sem entender como o negócio funciona e qual o seu propósito, não conseguiremos gerar resultado para a empresa. Por isso digo que o que se espera do papel da PM em 2025 é o que sempre se esperou desse papel desde que ele foi criado: gerar resultado.
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