A Sieve é uma empresa que fornece ferramentas para monitoramento em tempo real de preços e disponibilidade de produtos no e-commerce. As ferramentas que a Sieve disponibiliza para seus clientes são:
A lista de clientes da Sieve impressiona. Ponto Frio, Casas Bahia, Extra, Livraria Cultura, Saraiva, Walmart, Ricardo Eletro, Nokia, Samsung, P&G, Electrolux, MABE e Philips são alguns das empresas que contam com as ferramentas da Sieve para monitoramento em tempo real de preços e disponibilidade de produtos no e-commerce.
André Massa, um dos três sócios que estão a frente da gestão da Sieve – os outros dois são Luis Fernando Vabo e Felipe Salvini (fundador), contou para o Guia da Startup a história da Sieve:
Guia da Startup: Como tudo começou?
André Massa: O começo da Sieve é bem anterior à minha entrada e à entrada do Vabo na Sieve. Tudo começou com o trabalho de conclusão de curso do Salvini, em 2008, na PUC-RJ. Seu trabalho de conclusão de curso foi um crawler genérico, ou seja, um software capaz de buscar qualquer tipo de informação na internet, e armazená-la de forma estruturada. Um dos primeiros usos que ele fez desse crawler foi para busca de resultados esportivos em tempo real. Em 2010 esse crawler estava bem evoluído e Salvini estava na dúvida sobre como prosseguir com seu crawler, se montava uma startup, ou se fazia mestrado. Ele já havia tido duas empresas anteriormente e gostava da ideia de voltar a empreender. Por outro lado, a vida acadêmica também lhe agradava. Na Sieve brincamos que por “sorte” nessa época ele caiu de moto e teve que ficar muito tempo em casa e, por isso, decidiu seguir com a ideia de montar uma startup com seu crawler.
GS: E como foi montada essa startup?
AM: Por estar próximo da faculdade, Salvini submeteu seu projeto de startup para a incubadora da PUC-Rio, que gostou e topou incubar. Isso ajudou nos custos, na experiência com questões jurídicas e administrativas, com rede de contatos e, principalmente, com a chancela de ser uma startup incubada na PUC-Rio.
GS: Como foram os primeiros passos na incubadora?
AM: Muitos projetos especiais. Cada novo cliente precisava de algo diferente, ou seja, no começo o Salvini desenvolvia uma solução diferente para cada cliente. Isso gerava receita, mas o impedia de se focar num produto mais genérico que poderia dar origem a um modelo de negócios mais escalável.
GS: Situação complicada de se resolver, não?
AM: Sem dúvida, mas aí vem mais uma vantagem de estar incubado na PUC-Rio. Um colega professor de empreendedorismo da PUC-Rio via essa situação e, por acreditar no potencial do crawler, topou ser investidor anjo no final de 2010. Com isso, Salvini conseguiu parar de se distrair com os projetos especiais e colocou foco total na criação de um produto. Ele contactou um dos maiores varejistas nacionais e pesquisou na prática quais as dificuldades que uma grande loja tem para monitorar centenas ou milhares de produtos em seus concorrentes.
GS: O Vabo e vc entraram nessa época?
AM: O Vabo sim, eu não. O Vabo e eu somos amigos de longa data e ambos tínhamos planos de criar uma startup e empreender. Nessa época, o Vabo fazia consultoria para empresas incubadas no Instituto Gênesis e nosso colega professor da PUC o apresentou para o Salvini. O Vabo se juntou ao Salvini, assumiu a direção geral, no papel de CEO, e Salvini ficou com foco 100% na tecnologia, assumindo o papel de CTO. Eu estava voltando de um mestrado que fiz fora da país e antes de me juntar à Sieve, fiquei de janeiro a agosto na equipe de gestão de portfólio da Ideiasnet. Em agosto de 2011 me juntei à Sieve e hoje estou no papel de diretor de Novos Negócios.
GS: E como foi esse período entre poder ter foco no desenvolvimento do produto e colocar o produto na rua?
AM: Foi rápido. Recebemos o investimento anjo no final de 2010 e, em meados de 2011 tivemos nosso primeiro cliente de grande porte, a Saraiva. Isso nos mostrou que tínhamos um excelente produto em mãos. Fizemos a precificação baseada em quantidade de produtos monitorados, quantidade de lojas monitoradas. Nessa época ainda estávamos longe da rentabilidade. Nossos custos eram maiores do que a receita mensal. Já éramos em 13 pessoas na equipe, divididas da seguinte forma: 3 trabalhando em aperfeiçoar o crawler e o matching, mais 3 na equipe web cuidando da interface de nosso produto. Tínhamos mais 2 focadas na implementação, setup e suporte e, por fim, 4 focadas em vendas e 1 como assistente administrativo Em julho de 2011 recebemos investimento da Arpex, a mesma que investe no Site Blindado e no MoIP. Com esse investimento conseguimos viabilizar o produto e nos preparar para escalar. Hoje trabalhamos com o conceito SaaS e estamos evoluindo para trabalhar com o conceito de DaaS, Data as a Service. É o que se vê muito na mídia especializada como Big Data. Com nossos produtos buscamos resolver o monitoramento do ecommerce de forma definitiva. Queremos melhorar o preço do que é comercializado na internet.
GS: Quais os próximos passos?
AM: Estamos trabalhando em duas frentes. Uma delas é o caiudepreco.com.br, para o consumidor final, que monitora o preço de um determinado produto e avisa quando esse produto tem redução de preço. O site já está no ar e o número de acessos vem crescendo rapidamente sem qualquer esforço em marketing. Nesse momento, estamos desenvolvendo novas funcionalidades. O caiudepreco.com.br deverá revolucionar a maneira como o consumidor brasileiro se relaciona com o e-commerce. Trata-se do primeiro facilitador de compras do e-commerce nacional.
A segunda frente é a internacionalização. Já temos alguns clientes de fora do Brasil e nossa ferramenta vem sendo reconhecida internacionalmente como a melhor ferramenta de monitoramento do e-commerce disponível no mercado. Somos a única ferramenta do mercado capaz de garantir o matching de SKUs em mercados ainda não organizados como é caso na maioria dos países emergentes. Somos também a única ferramenta capaz de monitorar qualquer tipo produto em qualquer tipo de loja virtual. Além disso, possuímos um algoritmo de revisitação inteligente que garante a atualização dos dados monitorados.
GS: Que lições vcs aprenderam nesse caminho?
AM: São 3 as principais:
GS: Obrigado, e boa sorte nos seus próximos passos!
AM: Obrigado!